Foi um judeu, carpinteiro humilde que só fez o bem, mas que foi condenado à morte. Contudo, marcou profundamente a história da humanidade. Alguns O classificam de sábio, outros de mestre e outros de profeta. Como foi possível que esse homem pobre, que vivia em uma cidade desprezada no país de Israel, que jamais escreveu um livro, não fez parte da elite, não foi militar, escriba, doutor e artista, não procurou impor pela força seus ensinamentos e se tornasse o homem mais conhecido, mais amado e admirado da História... Por que, ainda hoje, tantas pessoas estão dispostas a segui-lo, às vezes com o sacrifício da própria vida? Simplesmente porque Ele é, de fato, o que afirmava ser. Através dos séculos, milhões de homens e mulheres têm descoberto, por meio de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, alguém infinitamente maior que um mestre ou profeta. Ao escutar e receber Sua mensagem, O reconheceram pelo que Ele é: inteiramente Deus e inteiramente o homem, plenamente Amor e plenamente Verdade. Eles O reconheceram como seu Salvador, Sua morte, Sua ressurreição, Sua mensagem e Sua pessoa lhes deram um novo sentido para viverem. Quando fui ter convosco, anunciando-vos testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificando (1 Cor 2, 1-2).
Na noite de nascimento, Jesus foi envolto em panos e deitado sobre uma manjedoura. Muita coisa aconteceu naquela noite, Deus acabava de realizar o maior milagre da história da humanidade, Seu Filho único nasceu de uma mulher e apesar de ser o Senhor da Glória, Jesus nasceu pobre, filho de uma família que não conseguiu lugar em nenhuma hospedaria da aldeia de Belém.
Naquela noite alguns pastores estavam apascentando seus rebanhos nos campos da Judeia e um anjo apareceu para eles e anunciou o nascimento do Filho de Deus. Assim que os anjos do céu se ausentaram dos pastores, eles disseram: “Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber.” (Lucas 2:15b). Os pastores foram apressadamente a Belém e acharam Maria, José e o Menino Jesus / Deus deitado na manjedoura.
Deus poderia ter anunciado o nascimento de Jesus para qualquer pessoa, Belém estava lotada de gente que foi para o alistamento, mas escolheu os pastores, um símbolo de que aquele menino era o Bom Pastor, aquele que daria a vida por suas ovelhas.
Alguns reis do oriente que tinham por costume estudar os astros, naquela noite, viram uma estrela brilhante e a eles foi revelado que aquela era a estrela que apareceu para anunciar o nascimento de um rei, mas não se tratava de um rei qualquer, era o Rei dos Judeus, o Filho de Deus.
Conta a Bíblia que os Reis Magos seguiram a estrela, conhecida como estrela guia e foram para a Judeia. Foram vários dias de viagem até chegar à Judeia, sem falar nos preparativos para a grande viagem de três reis. Neste contexto é fácil deduzir que as únicas visitas recebidas por Jesus na noite do Seu nascimento foram os pastores e seus rebanhos, os Magos chegaram muito tempo mais tarde.
Ao chegarem à Judeia, os Magos se dirigiram a Herodes, rei da Judeia e perguntaram:“Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.” (Mateus 2:2). Herodes ficou assustado, havia nascido um novo rei? Ele seria destituído por este rei? Então Herodes pediu orientação dos doutores da lei para saber onde nasceria o Cristo e eles indicaram Belém da Judeia. Note que tanto os Magos quanto Herodes sabiam quem era Jesus. Os Magos foram para adorar o menino Rei dos Judeus, mas não se adora reis, só se adora Deus. Herodes, por sua vez, entendeu que aquele rei que os Magos procuravam era o Cristo, tanto é que ele perguntou aos doutores da lei onde haveria de nascer o Cristo.
Nem os pastores, nem os Reis Magos e nem o rei Herodes tinham qualquer dúvida de que o menino que viram, que procuravam, que causava tanto temor em Herodes era um menino especial, era um Menino/Deus, o Messias dos Judeus.
Outra coisa, todos procuravam um rei recém-nascido, mas ninguém nasce rei. Os filhos dos reis nascem príncipes e não reis, ainda que sejam herdeiros diretos da coroa. Jesus nasceu Rei dos Judeus, porque Ele é o Cristo, o Messias, o Filho de Deus.
Os Reis Magos visitaram Jesus, mas não na noite de Natal, foram meses depois. A estrela guiou os Magos onde estava Jesus e quando ela parou houve grande regozijo entre eles e entrando na casa... peraí, Jesus não nasceu numa estrebaria? Que casa era esta, gente? Veja o que diz o versículo: “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2:11).
Jesus não estava mais na estrebaria, aquilo foi uma emergência, uma situação provisória, porém, decorridos meses de Seu nascimento Jesus e Seus pais já estavam alojados numa casa e José não estava em casa quando os Magos chegaram, provavelmente, estava trabalhando para sustentar sua família, José era carpinteiro e sempre havia trabalho para os carpinteiros, profissão nobre naquela época.
Esta é a cronologia dos fatos, o nascimento na estrebaria, a visita dos pastores na mesma noite e dos Magos meses depois já em uma casa. Herodes pediu que na volta os Magos do oriente voltassem a ele e dissessem onde encontraram o menino, porque ele também queria “adorar” o menino. Era conversa pra boi dormir, na realidade Herodes queria matar o menino, mas por quê? Porque Jesus é o Rei dos Judeus.
Como os Magos foram avisados em sonhos que não voltassem a Herodes, eles foram de volta para suas terras por outro caminho. Herodes se sentiu enganado e ficou furioso e mando matar todos os meninos nascidos em Belém e aldeias vizinhas abaixo de dois anos. Herodes sabia que já fazia meses que o menino havia nascido, ele não mandou matar os recém-nascidos, mandou matar os de dois anos para baixo. Foi horrível. As crianças foram arrancadas dos braços de suas mães e assassinados cruelmente.
Herodes queria matar o Rei dos Judeus e só não o fez, porque em sonhos, José foi avisado para fugir para o Egito com o menino e Sua mãe. Esta foi a acusação que levou à morte tantos meninos: o Rei dos Judeus. Herodes não procurava qualquer menino, procurava para matar o Rei dos Judeus.
Muitos anos se passaram e um dia, aquele Menino/Deus, já homem foi preso, julgado e condenado e sabe qual a acusação que levou Jesus à morte: Ele era o Rei dos Judeus. A mesma acusação em dois tempos distintos, no nascimento e na morte.
Depois que Jesus foi julgado e condenado à morte, Pilatos mandou escrever numa tábua e pregar em cima da cruz a acusação de Jesus e nela estava escrito: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
E muitos dos judeus que leram este título sobre a cabeça do Senhor Jesus, escrito em hebraico, grego e latim, não gostaram nadica de nada e os principais sacerdotes foram reclamar com Pilatos, pedindo que fosse modificado o texto para: Sou o Rei dos Judeus, mas não conseguiram, pois Pilatos respondeu para eles: O que escrevi, escrevi.
Jesus é o Rei dos Judeus e desde o Seu Nascimento até Sua morte este título foi usado pelos poderosos da terra para matar Jesus. Em Seu nascimento não era o tempo, Jesus ainda tinha muito que viver e pregar Sua mensagem de paz e salvação, mas foi sob esta acusação que os fariseus conseguiram a execução de Jesus pelo Império Romano.
Que hoje em cada coração boa vontade, paz, perdão e muita alegria, não pelo dia em si que, aliás, nem foi pelo nacimento e morte, mas pelo que Jesus representa na história e na vida de cada ser humano. Jesus é a razão hoje reflita e abra a porta do seu coração e Jesus vai modificar todos os aspectos de sua vida. Jesus é o Rei dos Judeus e ainda hoje, pode se tornar o seu Salvador, só depende de você.
Jesus é Deus
“Cristo… é sobre todos, Deus bendito eternamente” (Rm 9,5). Criador de todas as coisas e Aquele por quem elas subsistem (Cl 1,16.17). Em Seu imenso amor foi manifesto na carne, revelando-se como Homem: é um grande mistério e uma realidade revelada para nossa salvação e bênção agora e eternamente.
As Sagradas Escrituras declaram que Jesus é Deus:
“No princípio, era Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Ele “estava no principio com Deus” (Jo 1,1-2).
O Deus Pai disse a respeito do filho: “Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos” (Hb 1,8).
Seus atributos são os mesmos de Deus:
É onipresente: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).
É onipotente: “Esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fl 3,20-21).
É imutável: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13,8).
“Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9).
“É um com o Pai: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30)”.
Observar as obras de Cristo é ver Deus trabalhando; escutar as palavras de Cristo é ouvir a voz do próprio Deus. Isso parece simples. Mas não é. Considerar o Senhor Jesus como algo menos que Deus, por exemplo, um “mestre da moral”, “um espírito e evoluído”, ou “o maior benfeitor da humanidade”, é afronta do pior grau possível! É não conhecer a Bíblia Sagrada e não ter experiência abissal com Jesus Cristo.
“Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8,27). “Que dizem os homens ser o filho do homem?” (Mt 16,13). E Simão Pedro, respondendo, disse: “tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Mt. 16,16).
E a multidão dizia: “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia” (Mt 21,11). “Jesus é a Palavra de Deus” (Jo 1,1). “Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap. 19,16).
A nossa vida só pode ser feliz, viver com uma dimensão eterna de salvação e no amor a Deus e ao próximo só em Jesus Cristo! Sua graça e seu Evangelho é tudo para seus discípulos.
Gratidão e creditos de pequisa e em interação do eterno mestre, professor de historia e vizinho e amigo Monsenhor Inácio J. do Vale, da paróquia São José no Jd Europa - São Paulo.