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DEVANEIO
Residi na rua onde ele mora
vendo sempre a imagem dele.
Sei que, hoje ausente, implora
que eu volte para ele.
O amor que, do primeiro olhar nasceu,
alimentou-se da esperança sadia
que, com o tempo, mais cresceu
ensejando emoções que sentia.
O negrume do olhar que adoro
no devaneio dos carinhos seus
não mais enfeita a rua onde moro
pois, longe está dos olhos meus.
Na nostalgia da minha rua
não vejo na morada em frente
as mãos brancas como a lua,
que beijei e amei ternamente.
Zilmar Pires.
Zilmar Pires
Enviado por Judd Marriott Mendes em 31/05/2018
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