À LUZ DE VELAS
Como de dous ardores se incendia,
Da grande impaciência fez despejo,
E, remetendo com furor sobejo,
Vos foi beijar na parte onde se via.
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, eu ouvia:
– Meu bem, quero mais um beijo!
Uma nuvem confusa enevoa o olhar.
Não ouço mais. Caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
Frêmito me abala… eu tremo de prazer ...
Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Posso gozar o prazer de te olvidar,
Quem vê, às vezes, esse doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.
Sinto a língua que acarinha lábios
Língua que me roça, que me percorre,
O melhor beijo é aquele, em que a língua
Faz o beijo e dele, se faz amores...
Ele tem a magia dos celtas,
Obtém a têmpera correta,
De traz-nos o instante...
De toda plenitude em eternidade.
Ditosa aquela flama, que se atreve
A apagar tantos ardores e tormentos
Na vista de que o mundo tremer deve!
Onde tudo tão presente é também gigante...
"NÃO EXISTE FELICIDADE MAIS SUBLIME, // DO QUE SENTIR VOCÊ POR DENTRO, // DE TER SEU GOZO PRA QUE EU RIME, // VERSOS SENSUAIS NESTE MOMENTO."
Agradeço a Interação Do Amigo E Poeta Olavo
-------------------------------------------------------------------------
VINHO E VELAS///
Delata intenções, as velas e o vinho,///
Suaviza a sala, uma música francesa.../
O candelabro judeu impõe-se à mesa,/
Talheres e cristais, sugerem carinhos...///
O cardápio servido foi tão pertinente,/
Que nada sobra, aflorando os desejos.../
As taças tilintam, e seguem os beijos,/
Suores e vinho perfumam o ambiente...///
Jogadas no tapete, roupas denunciam,/
Que o amor rompeu timidez e limites.../
E a paixão expandiu, o grande apetite...///
Um jantar planejado e ambos iniciam,/
A fase da paixão, que ninguém resiste.../
E graças ao amor, o romance persiste...///
(Reedição)
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...
Agradeço a Interação do Mestre Jacó Filho