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O Sagrado que habita em mim, ama o Sagrado que habita em ti ...

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Soneto de todos cornos declamado
Data: 02/08/2017
Créditos:
Soneto de Todos os Cornos
Autor: Bocage (domínio público)
Intérprete:JelPeota Lisboa-Portugal
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Soneto de todos cornos
Não lamentes, Alcino, o teu estado,
Corno tem sido muita gente boa;
Corníssimos fidalgos tem Lisboa,
Milhões de vezes cornos têm reinado.
Siqueu foi corno, e corno de um soldado:
Marco Antonio por corno perdeu a c’roa;
Anfitrião com toda a sua proa
Na Fábula não passa por honrado;
Um rei Fernando foi cabrão famoso
(Segundo a antiga letra da gazeta)
E entre mil cornos expirou vaidoso;
Tudo no mundo é sujeito à greta:
Não fiques mais, Alcino, duvidoso
Que isto de ser corno é tudo peta.

- BOCAGE -
(Manuel Maria Barbosa du Bocage)
Enviado por STILETTO by JUDD em 09/09/2017




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